Depois de várias reuniões de deliberação e reflexão sobre os prós e os contras de um LMS, sua organização finalmente aceitou e comprou a ideia. E agora?

Agora, vem a parte mais interessante: a implementação real do LMS. A implementação bem sucedida de um LMS requer suporte sólido e planejamento, especialmente considerando a ampla gama de impactos que o sistema terá, não apenas em sua organização, mas também em seus funcionários e gerentes.

Aqui, estão alguns passos que você pode seguir para garantir uma implementação harmoniosa e vitoriosa:

1 – Entender o que é LMS e o que ele pode fazer

O LMS é uma aplicação de software para administração, oferta e acompanhamento de cursos virtuais ou online, sendo que alguns desses sistemas suportam também a gestão de cursos presenciais.

Qualquer LMS consiste em uma plataforma que melhorará a forma que você treina sua equipe. Contudo, um LMS não é uma solução para resolver o que você treina e sim como você treina.

Você precisa ter uma estratégia para obter o máximo do seu LMS, focando primeiro em como irá entregar o conteúdo para depois pensar no conteúdo propriamente dito. Para evitar erros na implementação de um LMS, é preciso primeiro pensar como a plataforma vai contribuir para os treinamentos da sua organização antes de incluí-lo na rotina da empresa.

2 – Avaliar os GAPs de competências

Uma empresa é constituída por forças de trabalho que exigem diferentes competências, ou seja, os colaboradores têm conhecimentos, habilidades e atitudes distintas para exercer suas atividades. Essa heterogeneidade, ao ser gerenciada, pode trazer desenvolvimento e inovação para a organização como um todo.

Em função disso, as empresas precisam atuar no desenvolvimento dos seus colaboradores. Basicamente, elas devem buscar reduzir o distanciamento entre as competências de um profissional e as necessidades de competências para o sucesso da organização.

Isso é bastante crítico em face a atual competitividade corporativa e em virtude da crescente necessidade de diferenciação no mercado. Por isso, é fundamental saber como identificar as lacunas ou GAPs de competências, para assim poder aprimorar as capacidades e evoluir como organização. (Saiba mais em: avaliação de desempenho)

O desafio de transformar empresas em celeiros de conhecimento está cada vez mais presente. Nesse cenário entra a educação corporativa, um modelo que aproxima o mundo do trabalho e o do ensino a fim de impulsionar o desenvolvimento empresarial.

O conceito de Educação Corporativa contempla estratégias, processos e recursos tecnológicos alinhados às necessidades e aos objetivos das organizações. Nas empresas, é cada vez mais comum a criação de programas institucionais, muitas vezes estruturados e padronizados de tal forma que são chamados de universidades corporativas, prova do valor estratégico desse assunto.

3 – Realizar um LNT

Com os dados das análises levantadas no seu processo de avaliação de desempenho (ou de competências) a área de T&D terá um mapeamento de diversos pontos de melhoria na organização. Esse será um excelente insumo para a definição do seu LNT (Levantamento de Necessidades de Treinamento). E esses serão os treinamentos que terão maior impacto nos resultados da empresa.

No entanto, outro levantamento será muito estratégico no seu projeto de LMS: quais cursos são adequados para realização e-learning? Sabemos que nem todo treinamento é adequado para o EAD. Por isso o LNT vai ajudar na definição das suas prioridades, mas é importante saber o que terá melhor aceitação do seu público nesse novo ambiente online. (Saiba mais em:E-learning ou Presencial: como definir a melhor metodologia?)

Alguns tipos de treinamentos que são ótimas opções para começar seu projeto de E-learning:

  • Treinamentos sobre políticas e cultura da empresa;
  • Treinamento para utilização de sistemas e máquinas;
  • Cursos teóricos e conceituais da área de atuação da organização;
  • Cursos sobre segurança do trabalho;
  • Treinamentos focados em processos de auditoria (Ex: ISO, NR)

#Dica 1: Muitos cursos que são focados no desenvolvimento de competências comportamentais também possuem uma carga de conteúdo teórico que pode ser realizada de forma online, nos já conhecidos cursos blended.

#Dica 2: Atualmente, várias organizações também implementam o LMS para capacitar parceiros ou/e clientes. Esse levantamento de necessidades também pode ser aplicado, porém com um olhar nesse ecossistema em torno da organização. (Saiba mais em:9 maneiras de impulsionar seu negócio com a capacitação de terceiros)

4 – Definir os requisitos do LMS

Considerando que existem muitas plataformas de gestão de aprendizagem e que cada plataforma possui características que podem variar bastante, o processo de seleção ou substituição de um LMS pode ser uma das decisões mais difíceis e importantes para um projeto de educação corporativa.

Projetos de implementação de LMS geralmente consomem uma energia considerável de uma equipe interna da empresa. Eles levam meses para implementação, têm alta visibilidade por todos da organização e correspondem a uma decisão pensada a longo prazo.

Existe uma tendência em realizar o processo de seleção observando apenas recursos específicos, como algumas funcionalidades e inovações apresentadas pelos fornecedores, sem levar em conta como a empresa fará uso da plataforma considerando seus requisitos de gestão do conhecimento e operação.

Daí, a importância de uma escolha bem feita baseada nos requisitos da organização, dado o alto custo do processo de implementação e operação de um LMS.

5 – Implementando e gerindo o LMS

Um LMS é uma solução poderosa que pode realmente levar uma organização para o próximo nível de eficiência operacional. Mas uma solução desta natureza só pode ser eficaz se não for intrusiva, proporcionando um benefício organizacional e, ao mesmo tempo, permitindo que os funcionários continuem com suas respectivas obrigações diárias.

A seleção de um administrador para a plataforma da sua empresa é o próximo passo para o sucesso da ferramenta. Ter o administrador certo para se tornar responsável pelo seu LMS é um dos fatores que poderá definir se o projeto será um sucesso ou um fracasso.

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