Você, analista de RH, já deve ter visto diversos artigos online e em revistas falando sobre a importância do treinamento para equipes de colaboradores. Mas já pensou que talvez os gestores sejam quem realmente precisa de um treinamento? Afinal, existe uma diferença entre ser um gestor e ser um líder.

Gestores são profissionais com competências técnicas, especialmente no que se refere à administração. São capazes de otimizar resultados por meio do foco nos processos.

Já os líderes são profissionais com habilidades humanas, como motivação, persuasão e resolução de conflitos. São profissionais capazes de otimizar resultados a partir do foco em pessoas.

As empresas precisam de ambos os perfis. Neste artigo, vamos falar sobre a importância do líder e, em seguida, apresentaremos os 3 melhores tipos de treinamentos para criar essa ponte de gestor para líder.

A Importância do Líder

Tudo bem: existe uma diferença de gestor para líder. Mas, por que as habilidades técnicas, sozinhas, não são suficientes? Por que as habilidades humanas fazem tanta diferença sobre o resultado da equipe e do negócio?

Segundo Jonathan Sandling, há três motivos principais pelos quais os líderes são necessários dentro de qualquer organização. Eles são: sobrevivência, propósito e realização.

A sobrevivência tem relação com a possibilidade de contar com alguém para guiá-lo em situações novas, desconhecidas e, principalmente, ameaçadoras.

Transpondo para a realidade de uma empresa, quando a equipe conta com um verdadeiro líder, sente-se confortável para trabalhar com criatividade, inovar, aceitar riscos e tomar decisões.

Isso acontece porque seus membros podem contar com alguém em quem confiam para pedir conselhos ou, também, para ficar ao seu lado diante das consequências.

O propósito tem relação com a necessidade de saber onde está indo ou, mais especificamente, porque está indo nessa direção.

Dentro de uma empresa, o líder é quem dá significado às pequenas atividades cotidianas. Talvez o colaborador não ache muito divertido fazer planilhas de vendas, por exemplo — mas ele sabe que aquelas planilhas fazem parte do caminho para atingir uma meta estabelecida e comunicada pelo líder da equipe.

Finalmente, a realização está relacionada ao desejo humano inerente de crescer, desenvolver-se, ter sucesso. Uma vez que todas as necessidades básicas foram supridas, conforme teorizado por Maslow por meio da Hierarquia das Necessidades, todos chegam à necessidade da autorrealização.

Na equipe de trabalho, o líder é visto como um indivíduo que pode ajudá-lo a aumentar seu potencial de sucesso. Ele apresenta as competências necessárias para oferecer suporte, guiar, ensinar. Além disso, sabe delegar, empoderar e recompensar.

É um facilitador. Em outras palavras, nutre o ambiente ideal para que qualquer profissional comprometido possa alcançar sua própria realização.

Treinamentos para a liderança

1. Treinamentos para delegar tarefas

lider delegar

Como vimos no item anterior, saber delegar é um dos traços de um verdadeiro líder. Segundo o Leadership Resource Center, quando o líder delega de maneira eficiente, isso permite que os colaboradores cresçam, tornem-se melhores e mais produtivos.

Essa é uma forma de encorajá-los a desenvolver novas habilidades. E, ainda por cima, é uma forma de aumentar a motivação e o engajamento.

Porém, não basta distribuir tarefas. É necessário delegar na medida certa. O Consultor de Produtividade Leonardo Polak mostra, em seu blog, os 5 principais erros que os gestores cometem ao delegar atividades e como isso impacta diretamente o engajamento dos colaboradores.

Para isso, é preciso que o gestor avalie adequadamente as capacidades de cada funcionário (falaremos mais sobre isso adiante) e confie em sua competência.

Muitos gestores não conseguem se transformar em líderes porque são incapazes de delegar e, assim, criam uma imagem autoritária para si mesmos.

O livro “Work less, do more” (“Trabalhe menos, faça mais”), da consultora e palestrante Jan Yager, fala exatamente sobre a delegação de tarefas.

Ela descreve diversos passos que são necessários para delegar corretamente, que poderiam ser abordados em um treinamento para gestores sobre esse tema. Esses passos incluem:

  • escolher quais tarefas está disposto a delegar;
  • escolher a pessoa certa para receber a tarefa;
  • delegar não apenas a tarefa, mas também a responsabilidade e a autonomia;
  • confiar naqueles escolhidos;
  • oferecer direcionamentos claros;
  • definir prazos e métodos de follow-up;
  • dar crédito a quem fizer um bom trabalho;
  • não aceitar de volta as tarefas delegadas.

Ao mesmo tempo, vale a pena reforçar que o outro extremo — delegar como forma de se livrar do trabalho ou da responsabilidade — também é muito problemático.

O gestor que delega tarefas à sua equipe mas não busca acompanhar o progresso, não está colaborando para o crescimento saudável dos profissionais à sua volta.

2. Treinamentos para gestão de pessoas

Todo gestor — independentemente do seu setor: comercial, suporte ao cliente, financeiro, logística, supply chain ou mesmo RH — precisa desempenhar dois papéis:

  • ter o conhecimento prático sobre a área em que atua;
  • ter o conhecimento humano sobre como gerenciar uma equipe.

Dessa forma, ele conseguirá posicionar estrategicamente cada membro e atribuir responsabilidades de maneira consistente. Isso vai permitir que os colaboradores cresçam e desenvolvam seu potencial.

Um treinamento para gestão de pessoas deve fornecer ferramentas para analisar o perfil dos funcionários e organizar a equipe de acordo com essa análise.

Para isso, existem testes que podem ser aplicados para identificar o perfil profissional. É o caso do teste MAPP, muito utilizado para apontar carreiras com as quais o indivíduo tem afinidade.

Outros testes permitem reconhecer aspectos psicológicos, como as habilidades sociais. Como exemplo, temos o popular teste DISC, que compara os principais traços comportamentais do indivíduo.

Muitos testes são desenvolvidos de maneira criteriosa por empresas especializadas no assunto, como a ARCH Profile. Porém, o treinamento para gestão de pessoas não precisa necessariamente recorrer aos testes, que muitas vezes são pagos.

Até mesmo uma boa dinâmica de grupo pode ser uma ferramenta útil para que o gestor entenda melhor seus colaboradores.

3. Treinamentos de comunicação

Por fim, outro dos melhores treinamentos para transformar o gestor em líder é o treinamento de comunicação.

Segundo o consultor de comunicação interna Daniel Costa, em seu livro “Não existe gestão sem comunicação“, há sete regras de ouro para a comunicação. Uma delas é essencial ao líder: saber ouvir.

Mike Myatt, em seu artigo “Porque a maioria dos líderes deve se calar e ouvir” (em inglês, “Why most leaders need to shut up and listen”), afirmou que o propósito da comunicação não é simplesmente transmitir uma mensagem, mas engajar, e isso exige que você escute o outro.

Além disso, ele alerta sobre o fato de que líderes que agem antes de entender, em geral, não atingem os resultados que desejam. E, para entender, é necessário ouvir.

Um treinamento sobre esse tema precisa envolver as situações em que a má comunicação afeta as decisões do líder e/ou o trabalho e as reações da equipe. Esse é um dos maiores problemas enfrentados nas empresas.

Uma sugestão a ser desenvolvida é propor uma simulação, na qual o gestor deve ouvir diversas versões sobre uma situação problemática e tentar alcançar uma boa solução — coletando mais informações, usando imparcialidade e aplicando bom senso à sua decisão.

Dica bônus

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Gerenciando Pessoas (Inglês) — IESE Business School

Mulheres na Liderança (Inglês) — Case Western Reserve University

Gerenciando Talentos (Inglês) — University of Michigan

Considerações finais

A utilização de uma plataforma LMS pode ajudar sua empresa a identificar as necessidades de competência de um gestor para realizar suas atividades com o máximo de qualidade.

As principais empresas do mercado já estão utilizando uma plataforma desse tipo. Contudo, pesquisas apontam que mais de 50% delas pensam em fazer a substituição da sua plataforma.

Isso acontece, principalmente, por erros na hora de especificar as funcionalidades do LMS que sua empresa necessita. Como resultado, compra-se uma ferramenta que não atende todas as necessidades da empresa ou, então, tem muitas funções que não serão utilizadas.

Para que sua organização não caia na mesma armadilha, a Impulse criou um modelo de requisição de informações (RFP / RFI) para te ajudar a especificar corretamente as funcionalidades que sua empresa precisa e, assim, adquirir o melhor produto no mercado. Para fazer download gratuitamente, é só clicar no banner abaixo ou neste link.

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